Manoel Fiel Filho na juventude
Foto: Memórias da Ditadura
O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou sete ex-agentes da repressão pela morte do metalúrgico Manoel Fiel Filho, em janeiro de 1976. O operário distribuía jornais do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e foi torturado e estrangulado nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (Doi-Codi) do II Exército. Depois da morte, os envolvidos simularam que ele havia se suicidado. O crime se deu poucos meses após a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida no mesmo local e da mesma forma.
O MPF denunciou o então comandante do Doi-Codi II, Audir Santos Maciel, e os agentes Tamotu Nakao, Edevardo José, Alfredo Umeda e Antônio José Nocete por homicídio triplamente qualificado, ou seja, com motivo torpe, emprego de tortura e impossibilidade de defesa da vítima. Já os peritos Ernesto Eleutério e José Antônio de Mello foram denunciados por falsidade ideológica, ao lado de Maciel, em virtude da elaboração de laudos forjados para tentar esconder o homicídio.
Denunciados/demandados: Audir Santos Maciel, Tamotu Nakao, Edevarde José, Alfredo Umeda, Antonio José Nocete, Ernesto Eleutério e José Antonio de Mello
Instituições envolvidas: Exército Brasileiro, Polícia Militar, Polícia Civil e IML
Vítimas: Manoel Fiel Filho
Crimes: Homicídio qualificado e falsidade ideológica
Ação penal nº 0007502-27.2015.4.03.6181
Veja a íntegra da denúncia
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