Dimas Antonio Casemiro iniciou sua militância política em Votuporanga (SP), na adolescência
Foto: Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva
O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou o ex-suboficial do Exército Carlos Setembrino da Silveira pelo assassinato do dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), Dimas Antônio Casemiro, em 17 de abril de 1971, em São Paulo. Também foi denunciado, por falsidade ideológica, o ex-médico legista Abeylard de Queiroz Orsini, que omitiu informações no laudo necroscópico da vítima.
Ambos os denunciados também são acusados por ocultação de cadáver. Segundo a denúncia do MPF, os dois contribuíram para o desaparecimento de Casemiro, enterrado como indigente no cemitério de Perus, na zona norte de São Paulo. Em 1975, os restos mortais da vítima foram exumados e enterrados numa vala clandestina, aberta em 1990, que ficou conhecida como a Vala de Perus. Os restos mortais que poderiam ser de Dimas foram indicados no mesmo ano. Contudo, um resultado conclusivo de um exame de DNA realizado por especialistas na Bósnia só foi possível em fevereiro de 2018, quase 47 anos após o assassinato.
Denunciados/demandados: Carlos Setembrino da Silveira e Abeylard de Queiroz Orsini
Instituições envolvidas: Exército Brasileiro e IML
Vítimas: Dimas Antônio Casemiro
Crimes: Homicídio, falsidade ideológica e ocultação de cadáver
Ação penal nº 0008031-41.2018.4.03.6181
Veja a íntegra da denúncia
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